Escola Estadual Agamenon Magalhães, localizada na cidade do Artesanato em Barro "TRACUNHAÉM-PE, recebe dia 04/novembro/2019 a partir das 10:30h, a Aula espetáculo do CAVALO MARINHO ESTRELA DE OURO - Condado/PE (Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco). E a interação artística do COCO DE RODA PANELA DE BARRO DE TRACUNHAÉM-PE. Incentivo: Funcultura / Fundarpe / Secretaria de Cultura / Governo de Pernambuco. Realização: Cavalo Marinho Estrela de Ouro do Condado, Idealizador: Produtor e Professor Universitário Clébio Marques e Produtor Local: Gilson Xavier.
Blog de pesquisa e divulgação de cultura popular de raízes. Produtor Cultural CPC FUNDARPE, residente em Tracunhaém-PE "Cidade do Artesanato em Barro". CONTATOS: (081) 99338-0464 (Whatsapp) E-mail:gilsonxavierproducoesculturais@gmail.com, Facebook: https://www.facebook.com/gilsondoturismo (Gilson Xavier) e Skype: gilsondoturismo
31/10/2019
05/09/2019
FALECIMENTO DO MESTRE ARTESÃO "ZEZINHO DE TRACUNHAÉM" - PATRIMÔNIO DE PERNAMBUCO.
O ceramista José Joaquim da Silva, "Zezinho de Tracunhaém", Morre aos 80 Anos, na cidade do Recife-PE (04/09/2019), fez da arte santeira a sua expressão maior, tornando-se um dos mais importantes artistas populares do Brasil, fonte de inspiração e mestre de dezenas de artesãos, tendo obra escultórica encontrada em acervos de igrejas, museus e coleções particulares, como o Museu de Arte Contemporânea (PE), Museu Casa do Pontal (RJ), Palácio do Planalto e em outros espaços no Brasil e Exteriores.
Nasceu no dia 5 de julho de 1939, no município de Vitória de Santo Antão-PE. De família humilde, foi criado no corte da cana-de-açúcar e até os 21 anos de idade esse foi seu meio de sobrevivência, trabalhando em engenhos da Região Mata Norte de Pernambuco. Conheceu sua mulher, Maria Marques, em Chã de Alegria-PE e com ela fugiu porque o sogro não queria ver a filha casada com um trabalhador da palha da cana. Casaram na igreja matriz da cidade e retornaram para Chã de Alegria-PE. Acompanhou o sogro, quando este se mudou para a cidade de Nazaré da Mata-PE e lá começou a trabalhar como ajudante de pedreiro. Em uma eventual viagem à vizinha TRACUNHAÉM-PE, o jovem pai de família se deparou com a produção cerâmica dos artesãos do município e ficou fascinado. Ganhou de Lídia Vieira - pioneira e uma das mais notáveis artistas da cidade - um punhado de barro. “Sentir o barro nas minhas mãos, foi uma sensação de eu nunca mais vou esquecer em minha vida. É como escutasse uma voz vinda de dentro dizendo: trabalhe”, recorda o mestre, Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2007.
Assegurando o sustento da família de dia e se dedicando ao barro à noite, Zezinho não demoraria a criar a sua primeira peça: um casal de namorados encostado na porteira de um engenho que, admite, retratava um dos primeiros encontros dele com Maria Marques. Depois vieram trabalhos inspirados em personagens populares, trabalhadores urbanos e do campo. As pequenas esculturas eram vendidas na feira da cidade. O material chamou a atenção da jornalista Marlieta Pessoa, que destaca em texto publicado no jornal Gazeta de Nazaré da Mata-PE (20.04.1966) o surgimento de um grande artista. Foi ela, com o apoio do pároco da cidade (Padre Mário) que organizou a primeira exposição de Zezinho, realizada na Biblioteca Municipal de Nazaré da Mata, em outubro de 1966. Zezinho conseguiu vender todas as 60 peças e com o dinheiro apurado, comprou terreno e casa mudando-se em 1968 com a família para Tracunhaém-PE.
Na terra do artesanato em barro, mestre Zezinho se inicia na arte santeira, expressando-se através do artesanato figurativo a sua fé religiosa. Sua escultura em que Nossa Senhora aparece grávida ao lado de São José, destaque na 1ª Bienal do Artesanato de Pernambuco (1986), projetou o nome do artista, que ao longo dos anos teve como admirador e incentivador Abelardo Rodrigues (1908-1971), especialista e um dos maiores colecionadores de arte sacra do Brasil. “Tenho muito orgulho de tudo.Deus é tão poderoso que fiz meu nome, criei minha família tendo o barro como sustento. Tracunhaém inteira pisou no meu rastro na arte santeira”, assegura.
Na temática sacra, mestre Zezinho ganhou fama pelas esculturas ricas em detalhes e volumes que podiam chegar a dois metros de altura. Sempre teve predileção por São Francisco de Assis, apesar de criar com grande desenvoltura imagens dos mais diversos santos católicos. Participou de dezenas exposições, como a organizada pelo Museu Nacional de Belas Artes (RJ), em 1981.
Por questões de saúde, foi forçado a deixar de lado sua produção artística, hoje levada por quatro dos seus nove filhos e dois dos 13 netos. “Mas tenho fé que ainda vou trabalhar com o barro e com ele, farei a escultura de um Jesus Cristo ajoelhado pedindo permissão a Deus”, avisa.
O artesão juntamente com seus filhos integrava a Alameda dos Mestres na FENEARTE (Feira Nacional de Negócios do Artesanato) desde 2010. Além de Patrimônio Vivo da cultura pernambucana, recebeu diversas honrarias em reconhecimento ao seu trabalho, como o título de Cidadão da Cidade de Tracunhaém-PE (2002), o Troféu Construtores da Cultura Cidade do Recife (1992), entre outros.
Fonte Pesquisa: http://www.artesanatodepernambuco.pe.gov.br/pt-BR/mestres/zezinho-de-tracunhaem-mestre/mestre
José Joaquim da Silva (Zezinho de Tracunhaém) * 05/07/1939 + 04/09/2019
Postagem: Gilson Xavier (Produtor Cultural) - Tracunhaém/PE
Postagem: Gilson Xavier (Produtor Cultural) - Tracunhaém/PE
17/07/2019
MINISTÉRIO DA CIDADANIA PROMOVE EM TRACUNHAÉM (PE) OFICINA SOBRE PRÊMIO CULTURAS POPULARES
O Ministério da Cidadania promove, nesta quinta-feira (18),
oficinas para orientar candidatos a se inscreverem no Prêmio Culturas Populares – Edição
Teixeirinha. O encontro, gratuito e aberto ao público, será Tracunhaém, das 14h às 16h, no Câmara dos Vereadores. As vagas são limitadas! Também serão realizados encontros em Serra Talhada
(PE), Caruaru (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE),
Teresina (PI), Aracaju
(SE), Recife (PE)
e em Salvado (BA).
O Prêmio Culturas Populares Teixeirinha irá premiar 250 iniciativas em
todo o País que fortaleçam as expressões culturais populares brasileiras, retomando práticas em processo de esquecimento e que difundam as
expressões populares para além dos limites de suas comunidades de origem.
Exemplos dessas iniciativas são o Cordel,
a Quadrilha, o Maracatu, o Jongo, o Cortejo de Afoxé, o Bumba-Meu-Boi e o Boi de Mamão,
entre outros.
Os candidatos poderão
se inscrever para
participar do edital
até 16 de agosto, on-line
ou por via postal. Entre
os critérios avaliados para obter a premiação estão:
contribuição sociocultural
que o projeto proporcionou às comunidades; melhoria
da qualidade de vida das comunidades
a partir de suas práticas
culturais; e impacto
social e contribuição para a preservação da memória e para a manutenção das atividades dos grupos, entre
outros.
Serviço:
Oficina sobre o Prêmio Culturas
Populares – Edição
Teixeirinha Data: 18 de julho de 2019.
Horário: das 14h às 16h
Local: Câmara Municipal de Vereadores de Tracunhaém Endereço: Praça Costa Azevedo, 57 - Centro,
Tracunhaém (PE)
Inscrições com vagas limitadas
Ministério da Cultura (Regional
Nordeste)
O Prêmio
O Ministério da Cidadania compreende a importância de se reconhecer o significado dessas expressões, festas,
festejos e manifestações da cultura popular
e tradicional, bem como as suas
novas vertentes, voltando
olhares para políticas públicas de promoção e proteção da diversidade cultural.
A 7ª Edição
do Edital de Culturas Populares possibilita se pensar
a cultura popular
e tradicional na perspectiva da circularidade cultural, propondo um diálogo
entre a erudição
e o popular, e entre o tradicional e o moderno,
nas manifestações culturais.
O edital possibilita ainda a construção e afirmação de novas identidades, que evidenciam o novo
lugar social que esses criadores buscam afirmar, ao mesmo tempo em que preservam seu legado cultural, o qual uma vez inserido
às novas linguagens que surgem para
além de sua respectiva comunidade, se afasta a possibilidade de seu esquecimento.
As inscrições podem
ser feitas de 24 de junho a 16 de agosto, pela
internet ou via postal. Na edição de 2019, as iniciativas individuais serão premiadas em R$ 20 mil cada.
Os prêmios estão divididos em: 150 iniciativas de Mestres e Mestras (pessoas
físicas); 90 iniciativas de pessoas jurídicas sem fins lucrativos com finalidade ou natureza cultural
expressa em seu estatuto, já reconhecidas como Pontos de Cultura ou cadastradas na Plataforma Rede Cultura Viva;
e 10 iniciativas de pessoas jurídicas sem fins lucrativos com finalidade ou natureza cultural
expressa em seu estatuto, já reconhecidas como
Pontos de Cultura
ou cadastradas na Plataforma Rede Cultura Viva e que comprovem ações
em acessibilidade cultural.
Já foram realizadas seis edições anteriores, com aproximadamente 11 mil inscritos e mais de 2
mil iniciativas premiadas, com recursos R$ 28,7 milhões
distribuídos nas cinco
regiões do País.
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